Para quando a revolução do e-commerce no mercado Português?

Existem várias interpretações do que pode ser chamado e-commerce, o comércio eletrónico.

O denominado e-commerce é:

– O modelo comercial que usa como base as plataformas eletrónicas (computadores, telemóveis, iPads, etc.), usando a internet como meio para transações comerciais.

– Tipo de negócio/transação comercial que implica a transferência de informação através da internet.

Nasceu com o surgimento da internet, simplificando o processo de compra e venda, inicialmente de pequenos artigos. Hoje em dia, é usado na venda de simples compras de supermercado, do peixe ou da carne que iremos comer amanhã! Veículo sem fronteiras, sem barreiras de tempo ou distância…

Existe um processo para a criação de uma plataforma ou mesmo para entrar em alguma das plataformas existentes, para a comercialização dos nossos/vossos produtos, passando pelo cadastramento, até aos vários outros passos para a conclusão deste processo.

Não é nada de outro mundo. E é o recurso com maior crescimento a nível de mercados, com alguma sofisticação e educação.

A minha maior preocupação prende-se com o escasso uso destas plataformas em mercados como Portugal.

A nível de divulgação e de promoção deste meio, julgo que tem sido feito muito trabalho. Fala-se bastante neste assunto e a impressão com que fico, é que existe um trabalho a nível dos media, mas falta alguma coisa na base, por esta atividade não ser traduzida em resultados reais.

O tempo dedicado aos telemóveis e computadores que usam a internet, deveria permitir o crescimento deste setor de maneira significativa.

Estando a lidar com o mercado português com maior intensidade nos últimos meses, assusta-me o fraco crescimento destes meios, a nível de uso e consumo. Gostaria de perceber os possíveis argumentos por detrás deste fraco/lento crescimento.

O comércio interno não pode sobreviver, limitando-se somente ao mercado interno. Sem o uso destas plataformas que permitem a rápida internacionalização, o acesso a novos mercados, com comodidade e sem restrições de horários!

A que se deve este fraco crescimento? Será que existe alguma desconfiança no processo de uso dos métodos de pagamento? Será pela cedência da informação dos cartões de crédito ou pela desconfiança da qualidade dos produtos adquiridos online?

Segundo dados estatísticos de 2014, cerca de 3,2 milhões de consumidores fizeram compras online. De acordo com um estudo da Eurostat em 2015, somente 31% dos portugueses usaram as plataformas online para fazerem compras. Na realidade, fazem mais pesquisas de produtos do que compras!

No Reino Unido, 81% da população, seja qual for a faixa etária, faz compras online, e a média europeia é de 53%! Então o que se passa com Portugal?

A previsão é que o consumo online cresça em Portugal até 2025. Estou ansioso para ver os dados de 2016.

Para quando a revolução do e-commerce no mercado Português??!?

Artigo de opinião publicado a 29 de dezembro de 2016 no Link To Leaders.

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